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A
maior parte das crenças comuns ao Sabbath concordavam que o demônio
se encontrava presente aquando da realização de um Sabbath,
geralmente incorporado na forma de um bode negro.
Também
era comum acreditar-se que vários demônios presidiam e participavam
na celebração desta cerimônia infernal de bruxaria.
Igualmente
defendia-se que durante os Sabbath, as bruxas ofereciam os seus
corpos á possessão de demônios que assim incorporavam nelas para
festejarem os seus mais luxuriosos e depravados vícios em carne
humana, como tanto lhe é agradável.
Acreditava-se
igualmente que o Sabbath começava ás 00h00 e prolongava-se pela
madrugada fora.
O
Sabbath, é consumado em 5 grandes momentos, ( tantos quantos os
pontos da estrela de Baphomet), que se materializam em 5 rituais, que
são:
I
A
Procissão de Caim:
O
ritual tem início com uma procissão. Nessa procissão todos os
bruxos se unem em peregrinação realizada a caminho do templo onde
será celebrado o Sabbath. Este momento representa o caminho que cada
bruxo realiza ao longo da sua vida de servo do demônio, caminho esse
que leva ao destino da sabedoria do oculto e do eterno poder da Magia
Negra.
Uma
das características identificativas das bruxas, ( de acordo com os
manuais inquisitórios), é a «marca da bruxa». Essa marca corporal
confirma que a bruxa é na verdade uma bruxa. A marca não pode ser
um sinal de nascença, mas sim algo adquirido no momento em que o
Diabo assume poder sobre essa pessoa, ou escolheu essa pessoa para
ser seu servo e sacerdote. A «marca» é deixada pelo demônio no
corpo da bruxa como forma de assinalar a obediência dessa pessoa
para com o Diabo. A «Marca» é criada de diversas formas: ou pelas
garras do Diabo ao passar pela carne do seu servo, ou pela língua do
Diabo que tocando o individuo, lhe deixa a marca demoníaca. A
«marca» pode-se manifestar em diversas formas: Uma verruga, uma
cicatriz, um sinal, e especialmente um pedaço de pele totalmente
insensível. As teses ocultistas mais atuais, tendem a identificar
esta «marca do Diabo» não como um sinal físico presente no corpo
da bruxa, mas antes como um «sinal» marcado na alma da bruxa, ou
seja: o seu «nome espiritual», o nome com que bruxa viverá depois
do pacto com o Diabo, e com o qual fará as suas bruxarias. O «nome
espiritual» é o nome que o demônio concede a uma bruxa quando ela
outorga o seu pacto infernal, e é a «marca» que identificará para
sempre essa pessoa diante do Diabo, da mesma forma que o «nome de
batismo» Cristão identifica uma pessoa diante de Deus.Sabbat da
Bruxas
Seja
como for, a «marca da bruxa», é também chamada a «marca de
Caim».
Tal
como Caim foi rejeitado por Deus e se tornou imortal por via do
caminho das trevas, (Gênesis 4, 10-15), também o bruxo é marcado
pelo exemplo de Caim. Assim se acredita que todo aquele que entrou em
pacto com e demônio, possui esse «selo» na carne, a «marca de
Caim» ( Gênesis 4,15).
Pois
como o destino da vida de Caim, também é o destino da vida do
bruxo, e por isso a «procissão de Caim» é representativa desse
percurso de vida.
A
procissão representa tanto a vida do bruxo, ( o seu caminho de vida
dedicado á bruxaria e á submissão aos espíritos), como a sua
morte, uma vez que depois de mortos os espíritos dos bruxos não
abandonam este mundo terreno e aqui permanecem vagueando eternamente,
aliciando novos bruxos, alimentando-se da carnalidade, semeando a
feitiçaria, apadrinhando outros seguidores do oculto. Pois a
procissão também representa esse caminho no mundo terreno, que se
perpetua na vida eterna.
A
procissão é feita em nome de Caim, aquele que sendo filho de Eva e
Lúcifer foi desprezado e assim induzido ao pecado. Por ser um filho
de Lúcifer e de uma humana, Caim foi humilhado, renegado e condenado
á desolação. Sobre Caim caiu a maldição da vida eterna, uma vida
eterna a vaguear pelos caminhos deste mundo. Assim como Caim é
eterno, também o bruxo alcança a eternidade espiritual neste mundo
pela sua aliança infernal. Caim é o padroeiro deste ritual.
II
A
ceia dos 21:
Precede
a procissão, a consumação de uma ceia demoníaca, ou seja: um
grandioso banquete celebrado com os mais tortuosos excessos. No
banquete, pão azeite e sal estão totalmente proibidos, pois são
substancias detestadas pelo diabo, e todo e pecado da gula é
celebrado ao excesso mais pervertido. Neste ritual simboliza-se a
eterna união e a infernal aliança, estabelecida desde o início dos
tempos, entre os demônios e as bruxas.
Da
mesma forma como Jesus se uniu em aliança aos seus 12 discípulos na
última ceia, também bruxas e demônios se unem pela carne e pelo
sangue nesta ceia. Este banquete é realizado numa mesa cerimonial,
na qual se encontram 21 sacerdotes e sacerdotisas. Ao centro da mesa,
a ceia é presidida por um demônio encarnado. O demônio é
possuidor do cálice de Lúcifer, por onde cada um dos 21 sacerdotes
e sacerdotisas beberão a essência da vida eterna através da
bruxaria. Com esse cálice e essa essência liquida, é celebrado o
dia em que cada um dos 21 assumiu o seu pacto com o demônio e assim
passou a ser embaixador dos espíritos neste mundo, através da
aliança Luciferiana. O filho do Diabo, é o padroeiro deste ritual.
III
A
Missa Negra
Ao
banquete segue-se uma missa negra.
A
mesma celebrada é em missais Luciferianos orados em Latim,
acompanhada de liturgias infernais realizadas sob os corpos nus de
acólitos femininos ou jovens indicadas nas artes satânicas.
È
neste momento que é realizada a admissão e iniciação, na
sociedade infernal, de novas bruxas recém recrutadas e já
instruídas nas artes da bruxaria. Na missa negra são conjurados os
espíritos demoníacos, e a hóstia de Satã é servida numa forma de
grande perversão.
Na
missa negra leem-se as escrituras Luciferianas, Satânicas e
Infernais, assim como os oráculos do príncipe deste mundo revelados
pela boca dos seus profetas infernais. Ancestrais fórmulas de
invocação demoníaca são recitadas, velhos oráculos são relidos,
místicas liturgias são celebradas, profanas orações são
proferidas, tudo para agrado dos espíritos.
A
missa negra representa o momento em que Lúcifer desejou Eva, e por
isso a contactou. Em troca do prazer, Lúcifer ofereceu a Eva o fruto
da árvore do conhecimento. A Missa Negra representa o momento em que
Lúcifer e Eva se contactaram, em que Lúcifer possuiu Eva e em que o
Homem recebeu em troca a sabedoria sobre a ciência e a magia. A
Missa Negra representa por isso o contacto com os espíritos, e
através dela os espíritos são chamados a contactar com as bruxas.
Lúcifer
é o padroeiro deste ritual.
IV
O
Festim da possessão
Finalmente
o Sabbath termina em êxtase carnal, numa celebração ritualista do
pecado manifestada em todos os envolvidos na Missa.
Nesse
festim de pecados, os demônios conjurados ao longo de todo o Sabbath
incorporam nos fiéis demoníacos, e tanto na forma de corpo humano
masculino, como de corpo humano feminino, eles praticam a carnalidade
mais pecaminosa, celebrando assim a corrupção e perversão que os
demônios tanto amam.
Este
é o momento da possessão, no qual os demônios entram no corpo
daqueles que voluntariamente se lhes oferecem. Este é um momento
altamente perigoso, pois uma possessão que não seja adequadamente
produzida, conduzida e depois desencarnada de uma pessoa, tem
terríveis e totalmente irreversíveis efeitos, sendo que a pessoa
jamais conseguirá abandonar o estado de possessão demoníaca,
podendo acabar em condições psicológicas miseráveis ou mesmo
morta. Por isso, apenas os filhos das trevas podem participar neste
tipo de festim, uma vez que pessoas normais não possuem força
espiritual para conseguir aguentar uma possessão demoníaca e
controlar o processo. No entanto, pela boa celebração deste
perigoso ritual, os demônios concedem os seus favores aos fiéis de
Satã, ou seja: as bruxas.
O
festim da possessão representa o momento em que Satã e os seus 199
anjos abandonaram os céus e amaram as filhas dos homens, (Gênesis
6) no ato de bruxaria e possessão primordial. A padroeiro deste
ritual é Astaroth, demônio do desejo e da luxúria que conduziram
tanto Lúcifer e o seu exercito seguidor , como mais tarde Satã e os
seus 199 anjos, ao exílio e condenação. Astaroth é um dos
demônios da trindade infernal constituída por si mesmo, Lúcifer e
Satã.
V
O
convênio dos 200 anjos
Por
ultimo, após a realização de todos os citados processos, ( a
Procissão de Caim, A Ceia dos 21, a Missa Negra e o Festim da
Possessão ), os bruxos reúnem-se em convênio para trocar entre si
e com os seus novos membro iniciados, conhecimentos, ensinamentos,
Grimórios e saber oculto.
Assim
se cumpre a perpetuação das artes ocultas, sendo o conhecimento
partilhado, renovado e eternizado tanto pela tradição escrita como
pela tradição oral.
O
convênio representa o momento da queda dos 200 anjos que se unindo
ás mulheres dos homens, em troca ofereceram á humanidade o
conhecimento, ou seja: tanto as ciências, como a bruxaria.