BAPHOMET
Figura
panteística e mágica do absoluto. O facho colocado entre os dois
chifres representa a inteligência equilibrante do ternário; a
cabeça de bode, cabeça sintética, que reúne alguns caracteres do
cão, do touro e do burro, representa a responsabilidade só da
matéria e a expiação, nos corpos, dos pecados corporais. As mãos
são humanas para mostrar a santidade do trabalho; fazem o sinal do
esoterismo em cima e em baixo, para recomendar o mistério aos
iniciados e mostram dois crescentes lunares, um branco que está em
cima, o outro preto que está em baixo, para explicar as relações
do bem e do mal, da misericórdia e da justiça. A parte baixa do
corpo está coberta, imagem dos mistérios da geração universal,
expressa somente pelo símbolo do caduceu. O ventre do bode é
escamado e deve ser colorido em verde; o semicírculo que está em
cima deve ser azul; as pernas, que sobem até o peito devem ser de
diversas cores. O bode tem peito de mulher e, assim só traz da
humanidade os sinais da maternidade e do trabalho, isto é, os sinais
redentores. Na sua fronte e em baixo do facho, vemos o signo do
microcosmo ou pentagrama de ponta para cima, símbolo da inteligência
humana, que colocado assim, em baixo do facho, faz da chama deste uma
imagem da revelação divina. Este panteus deve ter por assento um
cubo, e para estrado quer uma bola só, quer uma bola e um escabelo
triangular.