O HEXAGRAMA
O
HEXAGRAMA
O Hexagrama Desde os primórdios da humanidade, o
ser humano sempre se sentiu envolto por forças superiores e trocas
energéticas que nem sempre soube identificar. Sujeito a perigos e
riscos, teve a necessidade de captar forças benéficas para se
proteger de seus inimigos e das vibrações maléficas. Foi em busca
de imagens, objetos, e criou símbolos para poder entrar em sintonia
com energias superiores e ir ao encontro de alguma forma de proteção.
Dentre estes inúmeros símbolos criados pelo homem, se destaca o
pentagrama, que evoca uma simbologia múltipla, sempre fundamentada
no número 6, que exprime a união dos desiguais. Ele é a forma mais
simples de estrela, que deve ser traçada com uma única linha, sendo
conseqüentemente chamado de "Laço Infinito". A potência
e associações do hexagrama evoluíram ao longo da história. Hoje é
um símbolo onipresente entre os neopagãos, com muita profundidade
mágica e grande significado simbólico. Um de seus mais antigos usos
se encontra na Mesopotâmia, onde a figura do Hexagrama aparecia em
inscrições reais e simbolizava o poder imperial que se estendia
"aos quatro cantos do mundo". Entre os Hebreus, o símbolo
foi designado como a Verdade, para os cinco livros do Pentateuco (os
cinco livros do Velho Testamento, atribuídos a Moisés). Às vezes é
chamado de "Selo de Salomão", sendo, entretanto, usado em
paralelo com o Pentagrama. Na Grécia Antiga, era conhecido como
Pentalpha, geometricamente composto de cinco As.
Pitágoras,
filósofo e matemático grego, grande místico e moralista, iniciado
nos grandes mistérios, percorreu o mundo nas suas viagens e, em
decorrência, se encontram possíveis explicações para a presença
do HEXAGRAMA, no Egito, na Caldéia e nas terras ao redor da Índia.
A geometria do pentagrama e suas associações metafísicas foram
exploradas pelos pitagóricos, que o consideravam um emblema de
perfeição. A geometria do pentagrama ficou conhecida como "A
Proporção Dourada", que ao longo da arte pós-helênica, pôde
ser observada nos projetos de alguns templos. Para os agnósticos,
era o pentagrama a "Estrela Ardente" e, como a Lua
crescente, um símbolo relacionado à magia e aos mistérios do céu
noturno. Para os druidas, era um símbolo divino e, no Egito, era o
símbolo do útero da terra, guardando uma relação simbólica com o
conceito da forma da pirâmide. Os celtas pagãos atribuíam o
símbolo do pentagrama à Deusa Morrigan. Os primeiros cristãos
relacionavam o pentagrama às cinco chagas de Cristo e, desde então,
até os tempos medievais, era um símbolo cristão. Antes da
Inquisição não havia nenhuma associação maligna ao pentagrama;
pelo contrário, era a representação da verdade implícita, do
misticismo religioso e do trabalho do Criador. O imperador
Constantino I, depois de ganhar a ajuda da Igreja Cristã na posse
militar e religiosa do Império Romano em 312 d.C., usou o pentagrama
junto com o símbolo de chi-rho (uma forma simbólica da cruz), como
seu selo e amuleto. Tanto na celebração anual da Epifânia, que
comemora a visita dos três Reis Magos ao menino Jesus, assim como
também a missão da Igreja de levar a verdade aos gentios, tiveram
como símbolo o pentagrama, embora em tempos mais recentes este
símbolo tenha sido mudado, como reação ao uso neopagão do
pentagrama. Em tempos medievais, o "Laço Infinito" era o
símbolo da verdade e da proteção contra demônios. Era usado como
um amuleto de proteção pessoal e guardião de portas e janelas.